Até o fim

Não fizemos promessas
o tempo foi curto demais
passou como um relâmpago
eu me encontro louca agora
implorando por salvação
mas não há heróis nessa história
só eu e minha dor.

Carrego minhas dores como quadros
pintei-as, todas em aquarela
pois sou feita de transparência
ainda que isso me fira
eu sei que não sou a única
apesar dos retalhos.

Sangro um pouco todo dia
algo como uma maldição
acho que sou paranoica
alguém me livre do meu caos
mas não há heróis nessa história
sigo então com a minha dor.

Busco refúgio em outros braços
em olhares acolhedores
mas eu sei que não sou a única
ao menos espero não ser a única
por Deus, que eu não seja a única.

Alguém bate na porta
espero boas notícias
do Brasil ou do japão
qualquer coisa que remova a apatia
que às vezes é absoluta.

Era só mais alguém
que como eu entrega cartas
mas não aos vivos nem aos mortos
escrevo-as para mim
para quando o caos me consumir
e eu não tiver mais salvação
lembrar que lutei até o fim.

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